E falando em Saúde, diz o artigo 196, caput, da Constituição brasileira: “A saúde é direito de todos e dever do Estado, garantindo mediante políticas sociais e econômicas que visem à redução do risco de doença e outros agravos (...)”. Juridicamente, trata-se de uma norma programática, mas, no bom linguajar leigo, dir-se-ia “norma do deixa pra depois”. Muito bem, vocês estão no Brasil!
Espantem-se: a criança, com a mesada, compra seus pacotes de figurinha, os joga no chão, aumentando os problemas com lixões, aterros, etc, afetando a vida de pessoas que são atingidas, diretamente, pelo mal que causam esses dejetos... pobre das famílias que sequer são favorecidas pelo Saneamento Básico, imprescindível para a plena eficácia da dita norma constitucional. (se fossem só as figurinhas...)
Pois bem, o que seria Saneamento básico? Seria um conjunto de medidas adotadas que proporcionam uma situação higiênica saudável para os habitantes. Conceito este que nos leva a crer que o lixo é, diretamente, o inimigo desta política pública, afetando milhares de famílias, acabando com a dignidade de vida de milhares de crianças. E quem produz o lixo? Fácil, começa com “ser” e termina com “humano”.
Sendo assim, quais seriam as conseqüências para as pessoas que sofrem com a falta de uma garantia mínima da Constituição? Muitas:
Hepatite A: vírus de transmissão oral-fecal, através de contato entre pessoas, água ou alimentos contaminados. Fígado é o órgão mais atingido. Causa dor abdominal, febre alta, falta de apetite e a chamada “pele amarelada” (Amarelão)
Cólera: causada pela bactéria Vibrio cholerae. Pessoas atingidas apresentam diarréia aquosa, que pode evoluir para a desidratação. A Organização Mundial de Saúde (OMS) estima que entre 1970 e 2000, 4.400.000 casos de cólera foram notificados, com quase 200.000 óbitos.
Ademais destas duas graves doenças, têm-se ainda a amebíase, ascaridíase (lombriga), esquistossomose, malária... enfim; já é o bastante para sabermos o quão grave podemos sofrer com a falta de saneamento básico e com a falta de educação, ao jogarmos lixo na rua.
Pois bem, como se diz nos versos daquela conhecida canção, “quem sabe faz a hora, não espera acontecer”. Apesar do Texto Legal ter garantido a nós, brasileiros, o direito à saúde e, mesmo assim, não estar cumprindo-o, façamos pelo menos a nossa parte para com as outras pessoas. O lixo que jogamos na rua pode não nos afetar naquele momento, mas, além de prejudicar uma família mais humilde, o mesmo lixo pode afetar gerações futuras, haja vista o demorado tempo de decomposição do dejeto.
Deduz-se, então, que o lixo faz mal à saúde, assim como a fumaça dos carros, das indústrias... e dos vários tocos de cigarro, costume esse que divide opiniões, mas não a sua polêmica...
2 comentários:
pohh renato
intaum entra com uma ADIn por omissão ai kkkkkkk
to zuando hehe
ahaha quando estiver legitimado eu entro! ahahha
vlw
Postar um comentário