terça-feira, 25 de maio de 2010

Curiomania - Efeito Estufa é normal... já o Efeito Homem...


      “Quando acabam as florestas, as águas se vão, as colheitas se vão (...). Depois disso aparecem os fantasmas milenares: as inundações e as secas, o fogo, a fome e as doenças” (Robert Chambers)

       Ultimamente, tem-se visto nos meios de telecomunicação a grande preocupação frente às terríveis mudanças climáticas que estão sujeitas a ocorrer no globo terrestre. Um dos fatores que mais chamam a atenção é o tal do Efeito Estufa... mas, o que é isso?
         Antes de qualquer coisa, imaginemos a situação:

         Você estaciona seu carro em Bangu, sob uma “lua” de 40 graus. Ao retornar, você se surpreenderá com a “quentura” do ambiente do veículo... é mais ou menos o que acontece na Terra: os raios solares adentram no veículo, a superfície do carro irradia ar quente e os vidros e a casca do carro retêm este ar. No caso terráqueo, a superfície do carro seria a superfície da Terra mesmo, e o “vidro” que retêm parte deste ar quente seriam os gases Dióxido de Carbono, Metano, Clorofluorcarbonos (CFC), Óxido Nitroso, Óxidos de Azoto e Ozônio. Com maior destaque ao Dióxido de Carbono... o gás mais em voga na questão ambiental.

          A natureza, porém, deste efeito estufa é completamente saudável e favorável à sobrevivência humana e à vida! Sem este Efeito Estufa, a Terra seria muito fria e não se teria condições de vida, condições de fotossíntese e outros processos bioquímicos... o Efeito Estufa é absolutamente normal, não sendo o problema... o problema se chama Humanidade... Humanidade esta que desequilibra o sistema natural e, com suas atividades industriais, consumistas e etc, degradam a vegetação e, ao mesmo tempo, insuflam a Atmosfera com Dióxido de Carbono, promovendo o aumento da “espessura do vidro”. Aumento este que estaria transformando a Terra num verdadeiro microondas.
        
        O problema não é o Efeito Estufa, nem o Dióxido de Carbono e tampouco o seu nariz (que exala Dióxido de Carbono o tempo todo). O problema é o excesso de veículos, as indústrias poluidoras, além das vacas de corte, que exalam o gás metano durante sua flatulência (se bem que é sempre bom comer uma Picanha). O problema é a atividade humana, que ademais de emitir abundantemente Dióxido de Carbono, ainda acaba com a vegetação e todo o restante da Biosfera.

         Politicamente, já se tentou a Rio 92, o Protocolo de Kyoto e mais recentemente a “reunião” em Copenhague... tudo fica na fala; infelizmente, a ganância fica em primeiro lugar, a política deixa tudo no “a decidir”. Ninguém quer dar o primeiro passo para salvar o mundo, mas sim suas economias.

         Porém, nunca é tarde para fazer o bem. Como já disse o francês Emmanuel Sieyes, levantando o terceiro estado francês durante a Revolução de 1789, “(...) todo poder emana do povo”, e se o povo quiser salvar o mundo, que força – por mais arrebatadora que seja – seria capaz de deter a paixão que se tem por este Planeta, nos ofertado com ideais condições de vida? Nenhuma, pois o Mal só domina quando o Bem não se manifesta.
        
        É de mérito, ainda, deixar aqui um recado que Mahatma Ghandi – prevendo o que se poderia acontecer – deixou à política mundial e às pessoas que pensam que do dinheiro vem todas as coisas: “A terra provê o suficiente para satisfazer as necessidades de todos os homens, mas não a sua ganância”.
        
        Talvez depois desta mensagem, possamos entender que quando derrubarmos a última árvore e poluirmos o último rio... não comeremos dinheiro, e nem se terá política para o caos.
        

           Assim, fica-se uma “luz” de esperança, expressada pelo dramaturgo alemão Bertolt Brecht:
 (...)mas  tudo muda: com o último alento
                                     Podemos de novo
                                     Começar



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