Segundo o dicionário Michaelis, lixo seria “aquilo que se varre para tornar limpa uma casa, rua, jardim, etc”. Pois bem, de fato, um ambiente limpo seria um ambiente sem Lixo: sem sujeira, sem restos orgânicos, sem embalagens de figurinhas no chão...
Os reflexos da atual Sociedade de Consumo – na qual o que vale é consumir simplesmente por consumir – fizeram-se refletir na pesquisa que o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) divulgou, em 2008, onde se constatou que a República Federativa do Brasil produz nada menos que 140 mil toneladas de “resíduos sólidos urbanos” por DIA... haja figurinhas, hein? Quem dera se só fossem elas...
Ainda, na Pesquisa Nacional de Saneamento Básico – promovida pelo mesmo IBGE -, dessas 140 mil toneladas, 30,5% vão para os chamados Lixões; 22,3% vão para os Aterros ditos controlados e 47,1% vão para os Aterros Sanitários. A pesquisa, portanto, concluiu que 52,8% do chamado LIXO são tratados de maneira incorreta para com o meio ambiente, visto que as aglomerações urbanas sofrem com os Lixões, onde não é raro se ver crianças trabalhando num profundo estado de miséria e de abandono, imersas, inevitavelmente, no “estado de necessidade”... necessidade de vida, seja ela digna ou não.
Por exemplo, no estado de São Paulo, o Inventário Estadual de Resíduos Sólidos Domiciliares – promovido pela Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental (CETESB) – concluiu que dos 3686 catadores no Estado, 448 são crianças. Como se vê, o lixo não afeta tão-somente o meio ambiente... triste dado.
Por exemplo, no estado de São Paulo, o Inventário Estadual de Resíduos Sólidos Domiciliares – promovido pela Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental (CETESB) – concluiu que dos 3686 catadores no Estado, 448 são crianças. Como se vê, o lixo não afeta tão-somente o meio ambiente... triste dado.
Diante de tantos “problemas lixescos”, seria prudente lembrarmos Niccolo Machiavelli: “Se não pode com seus inimigos, una-se a eles!”. Usando esse pensamento, talvez, o Plano Nacional sobre Mudança do Clima (PNMC) objetiva que 20% dos resíduos sólidos sejam reciclados até 2015. Afinal, façamos do lixo uma oportunidade, já que não podemos nos livrar dele; até porquê, pensando-se bem, o lixo é fruto do homem, e este tem a péssima mania de achar que é auto-suficiente perante o Universo, como já bem nos disse Pierre Teilhard de Chadin: “O homem moderno tem obsessão de despersonalizar o Mundo, e com isto, perde o verdadeiro sentido da natureza humana, talvez, porque o indivíduo perca as devidas proporções existentes entre o seu eu e as dimensões do Cosmo à sua volta”.
O homem não aprendeu, quiçá, que “tudo que sobe, desce” (vulgarizando a gravidade, de Newton): lixo causa entulho, que causa poluição, que afeta o saneamento básico, que afeta a SÁUDE... ou seja, nossas ações sempre vão repercutir em algum lugar, em algum momento.
Ao se atirar um dejeto na calçada, o sujeito acha que está se livrando de seu medíocre problema... mas está, simplesmente, causando um maior ainda.
2 comentários:
O tema em questão é muito interessante, sobretudo hoje em dia devido aos problemas que enfretamos com o acúmulo de lixo em esgotos e nas praias. Ter uma consciência ecologicamente correta é o primeiro passo para um futuro melhor para os nossos netos.
abraços!
E se ficarmos indiferentes ao que está ocorrendo no planeta... uma hora a natureza vai gritar.
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